Um procedimento cirúrgico que consiste na transferência de um rim de um indivíduo para outro, a fim de restituir a função do órgão perdida, indicado em indivíduos com perda irreversível da função renal. O receptor será submetido a uma avaliação clínica e à realização de vários exames para determinar se está apto para o procedimento.
O melhor doador é aquele que tem compatibilidade no tipo sanguíneo ABO e os antígenos de histocompatibilidade (HLA)
O doador vivo tem que ser uma pessoa adulta (maior que 21 anos), saudável, com função renal normal e que, submetido a uma rigorosa avaliação médica e exames complementares, não evidencie risco de doença renal ou de outro órgão após a doação. A doação tem que ser voluntária e o doador tem que apresentar motivação. A legislação estabelece que os doadores vivos podem ser os cônjuges ou parentes consanguíneos até 4º grau ( pais, filhos, irmãos, avós, tios e primos) ou qualquer outra pessoa com autorização judicial. Algumas patologias como distúrbios psiquiátricos, abuso de álcool, fumo, drogas, idade muito avançada e doenças crônicas contraindicam a doação.
O doador falecido é um indivíduo que vai a óbito em quadro de morte encefálica. A morte encefálica é baseada em sólidas e reconhecidas normas médicas e, quando confirmada, a família do doador é que autoriza a doação de órgãos e tecidos.
Cabe às equipes que realizam transplante avaliar os pacientes, avaliar quais têm condições para isto e inscrevê-los na lista de espera. Os pacientes na lista podem ser chamados a qualquer momento, sendo importante manter sempre atualizado seus endereços e telefones.
A distribuição de órgãos é feita para pacientes inscritos no Cadastro Técnico Único. Os pacientes são selecionados automaticamente por programa de computador e sem interferência de seus operadores, a distribuição obedece critérios pré-estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
O programa de transplante renal no Brasil é totalmente subsidiado pelo Governo, inclui a distribuição gratuita e ininterrupta dos fármacos imunossupressores incluídos no bulário do Ministério da Saúde e regulamentado nas diretrizes do transplante.
O fator limitante para o transplante com doador falecido é a escassez de órgãos no Brasil. Campanhas de incentivo à doação e à criação pelo governo de equipes especializadas na procura de órgãos (OPO) tentam resolver essa dificuldade.